Como escolher o material restaurador ideal em casos com alta demanda estética

May 14, 2025

Nem toda restauração dentária é apenas uma correção funcional. Em muitos casos, ela carrega consigo o desafio de devolver algo ainda mais subjetivo e sensível: a harmonia do sorriso. Quando falamos de alta demanda estética, não estamos apenas falando de beleza, estamos falando de identidade. E isso exige escolhas técnicas cuidadosas, que respeitem tanto os limites da odontologia quanto às expectativas do paciente.

A escolha do material restaurador, nesses casos, nunca é genérica. Envolve compreender a profundidade do caso clínico, a anatomia dentária, o comportamento da luz sobre a estrutura dental, a biomecânica da boca e, principalmente, o olhar de quem vai carregar aquele sorriso. A decisão entre resina composta, cerâmica feldspática, dissilicato de lítio ou zircônia não pode ser feita com base apenas no custo ou na tendência do momento. Ela precisa ser personalizada.

Resinas compostas, por exemplo, continuam sendo uma excelente escolha para muitos casos, especialmente quando há necessidade de intervenções pontuais, ajustes rápidos e boa previsibilidade de resultado. Com uma boa técnica de estratificação, é possível obter resultados impressionantes. Mas é preciso critério, nem todo caso pode ser tratado com resina, o tempo de estabilidade de cor pode ser menor, por exemplo.

Já as cerâmicas oferecem um patamar estético superior. O dissilicato de lítio tem sido a estrela em muitos casos anteriores, pela sua translucidez, resistência e capacidade de mimetização do esmalte natural, além de proporcionar uma otima adesão.  Em outras situações, a zircônia pode ser preferida, especialmente quando o caso pede mais resistência sem abrir mão da estética. A cerâmica feldspática, por sua vez, brilha em trabalhos ultrafinos, como as lentes de contato dentais, por sua capacidade de refletir a luz de forma semelhante ao esmalte.

Mas o material ideal não depende apenas da área do sorriso que será restaurada. A escolha passa também pela condição do dente remanescente, pela força mastigatória, por hábitos como o bruxismo. A estética, por mais visual que seja, também é funcional — e precisa respeitar limites biomecânicos.

E tem outro fator que muitos ignoram, mas que para mim é central: o envolvimento do paciente no processo, compreendendo possibilidades, entendendo seu caso e suas indicações assim como suas limitações para uma decisão consciente. Alta demanda estética exige comunicação. Testes de cor, mock-ups, fotos, planejamento digital, tudo isso ajuda a alinhar expectativas e garantir que o resultado final seja não só bonito, mas coerente com quem o paciente é.

Não existe fórmula pronta. Existe sensibilidade clínica. E respeito pela singularidade de cada sorriso.

Se você está em busca de um tratamento estético, lembre-se: a escolha do material é apenas uma parte da equação, importantíssima mas ainda assim uma parte. O que realmente faz a diferença é a soma entre conhecimento técnico, experiência clínica e cuidado humano.

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