O bruxismo é um hábito parafuncional caracterizado pelo apertamento ou ranger dos dentes. Em sua forma severa, provoca desgastes acentuados, fraturas dentárias, dores musculares e alterações funcionais significativas.
Para o paciente, o impacto vai além da estética: compromete a qualidade de vida. Para o cirurgião-dentista, reabilitar casos assim é um desafio que exige ciência, tecnologia e planejamento multidisciplinar.
Com a perda progressiva de esmalte e dentina, o quadro clínico inclui:
Reconhecer esses sinais é o primeiro passo para planejar uma reabilitação eficaz.
A reabilitação desses pacientes deve considerar a preservação máxima da estrutura dentária e a restauração da função.
É muito comum que casos assim necessitem de recuperação da dimensão vertical de oclusão (DVO). Para uma previsibilidade maior do tratamento é fundamental um bom planejamento, com enceramento diagnóstico, mock-up e instalação de provisórios, isso tudo funciona como a “prova real”do tratamento que será realizado. Após a adaptação do paciente e confirmação do tratamento, podemos partir para a próxima fase: Reabilitação definitiva.
A escolha dos materiais é decisiva em pacientes de alto risco. Os mais utilizados incluem:
Por fim, após a instalação das restaurações e/ou coroas definitivas, é indispensável o uso de Placas oclusais rígidas, para proteção noturna.
O prognóstico de reabilitações em bruxismo severo é sempre uma caixa de surpresas, mas tem mais chances de evoluir bem quando há:
Ainda assim, o risco de fraturas ou desgastes existe, e a transparência no planejamento é essencial para alinhar expectativas.
A reabilitação de pacientes com bruxismo severo não é apenas devolver dentes “novos”. É reconstruir equilíbrio funcional, estética facial e qualidade de vida.
Com as técnicas corretas, materiais adequados e um acompanhamento próximo, é possível entregar resultados previsíveis e duradouros, transformando desafios clínicos em histórias de sucesso.
Se você sofre com desgastes dentários ou sinais de bruxismo, procure uma avaliação especializada. O diagnóstico precoce é a chave para tratamentos menos invasivos e resultados mais estáveis.